Skate: Um "dom" e "muito esforço" para se ser profissional em Portugal
Por Jorge Figueira
Agência Lusa.
Hélder Lima
Um "dom" especial e "muito esforço" deram aos lisboetas Hélder Lima "Ed", de 17 anos, e Ruben Rodrigues, de 20, o estatuto de jovens profissionais do skate em Portugal.
Aos 27 anos, Ricardo Fonseca, antigo pentacampeão nacional, é ainda a grande referência, mas os dois miúdos da "geração de ouro" passaram à história como os primeiros skaters portugueses a actuar na "Meca" da modalidade: os Estados Unidos.
"Ed" é o campeão nacional e, além do título, pode orgulhar-se de ter estado em "tour" no "Eldorado" do skate, em filmagem para as marcas que o patrocinam. "Ser profissional não é para todos. Uns conseguem, outros não", garante.
Ruben, o ex-campeão, venceu uma prova em Amesterdão, no ano passado, que lhe valeu um prémio monetário de 5.000 euros e o carimbo no "passaporte" para um campeonato internacional nos Estados Unidos, no qual ficou num honroso sexto lugar.
"As marcas é que pagam tudo e querem que façamos publicidade lá fora...", começa por explicar Ruben, para Hélder completar: "Temo- nos safado e chegado às finais nas provas em que temos participado".
Apesar de apenas Ricardo Fonseca viver exclusivamente do skate, Hélder Lima e Ruben Rodrigues começaram a familiarizar com os meandros dos contratos, das exigências das marcas e da melhor forma de gerir os "plafonds" anuais que têm à disposição.
Um skater pode ter vários patrocinadores, mas o bolo total advém da soma dos montantes dos vários contratos (pranchas, roupa, sapatos, etc), que geralmente rondam os 1.000 euros.
"Já é alguma coisa, mas ainda não dá para viver só do skate", sublinha Ruben, enquanto Ed aponta para o amigo e rival, reconhecendo- lhe um mérito: "Foi a vitória dele em Amesterdão que lançou Portugal na Europa e no Mundo".
Ruben augura, por isso, um futuro bem mais risonho para os jovens que agora começam a interessar-se pela modalidade. "Já tem mais referências e quando um dia se magoarem já não vão desmotivar-se tão facilmente".
Talvez por isso os estudos sejam passados para segundo plano, embora Ed faça questão em dizer que "a escolha nunca é uma perda de tempo" e Ruben tenha mesmo optado por estudar à noite e treinar de dia, numa média de sete a oito horas diárias.
A modalidade exige esforço e dedicação, mas Hélder é incisivo ao ironizar que são as mazelas que testam os verdadeiros "riders".
"Nas lesões é que se vê quem tem gosto pelo skate", lança, em tom trocista.
Na mesma toada, opina que muitos apenas começaram a praticar a modalidade por influência da telenovela da TVI "Morangos com Açúcar" ou porque "é giro", mas "quando se parte um braço é que se vê quem gosta disto".
Dos tempos de semi-clandestinidade parecem cada vez mais curiosas recordações do passado. Ainda assim, os dois reconhecem que ainda são recorrentes as histórias de problemas com a polícia devido às queixas dos moradores pelo ruído dos skates.
"Ainda há problemas com a polícia. As pessoas ainda pensam que vamos fazer mal ou destruir alguma coisa e não gostam do ruído das rodas dos skates", admite Ruben, mas faz questão em acrescentar:
"Antigamente não gostavam mesmo, viam-nos como vândalos. Agora o pessoal até já gosta de ver skate".
Como podes ver pelo texto que é aqui apresentado, é possível ser profissional de Skate em Portugal. A actividade que te propomos é a seguinte: faz um pequeno trabalho (texto e imagens no Microsoft Word) sobre o Skate em Portugal, enviando depois para o isu_euqueroser@hotmail.com tens até ao dia 9 de Maio (5ª feira) para fazeres esta actividade que vale 10 pontos e o melhor trabalho será premiado com um skate.
Sugestões:
1 comentário:
Grandes manobras!! Se não fossem os precalços...
skate quedas manobras skateboard comedia free style radical
URL:
http://videos.sapo.pt/ZBo2cP65UkgSCOj3mHif
Fiquem bem,
Paulo
Enviar um comentário